A saga da imigração italiana no Brasil

Caros leitores, neste mês de Setembro, continuaremos a falar sobre a “SAGA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL”, que ocorre mensalmente na revista ACONTECE. Nos meses anteriores (Junho e Julho, Agosto) ano 18 edição n º 221/222/223) falamos um pouco, sobre o porquê ocorreu a IMIGRAÇÃO ITALIANA no Brasil e no Estado de São Paulo e na Região de Ribeirão Preto. NESTE MÊS iremos abordar sobre a saga desde a Itália até a cidade do interior de São Paulo, precisamente em Jaboticabal. Em 06 de Janeiro de 1902 desembarca no porto de Santos o Navio RE UMBERTO, que teve como ponto de partida a cidade de Genova na Itália e de chegada o Brasil, o tempo médio de viagem era de aproximadamente 3 meses. Umas dessas famílias foram a de Eugênio Mattioli, nascido na Comune de Cona, província de Veneza em 15/09/1873.

Eugênio Mattioli, de profissão agricultor e com 28 anos de idade, veio casado com Maria Cecolin e trouxeram seus filhos Domenico e Vittorio, todos enterrados no Cemitério Municipal de Córrego Rico.

O destino inicial dos imigrantes era a cidade de Jaboticabal, cidade do Interior de São Paulo, que a partir do século XX, essa região começou a ser ocupada por fazendas de café.

Porem ao chegar à cidade de Jaboticabal logo arrumaram trabalho e moradia no atualmente distrito de Córrego Rico.

“Córrego Rico é um distrito do Município de Jaboticabal - SP, possui aproximadamente 3.000 habitantes. Foi fundado antes mesmo da cidade de Jaboticabal, porém, por não haver terras disponíveis à extensão decidiu-se mudá-la para 8 km do local onde hoje é Jaboticabal. Prova disso: A estação ferroviária de Córrego Rico foi fundada em 1895, 6 anos antes de Jaboticabal. Nessa época era maior que a cidade e possuía seu próprio cartório, fórum, delegacia e correios.”

Logo após se estabelecerem em Córrego Rico nasceu mais um filho dos Italianos de nome Pedro Mattioli em 16/10/1903.

A família se arraigou no distrito de Córrego Rico, morando dentro do Curtume que existia naquele local.

A região fora escolhida pelos imigrantes, uma vez que aparentava mais familiar as Comunes Italianas e a terra era boa para produção agrícola, com uma nascente e abundancia de peixes.

A trajetória desta Família de Italiano como a da grande maioria deste Brasil foi se estabelecer em cidades que de certa forma relembrava seus costumes.

Hoje os descendentes de Eugênio Mattioli e Maria Cecolin fazem o caminho de volta para conhecer as origens da Família, com as buscas dos documentos para a Cidadania Italiana.

Hoje Eugênio (Italiano) e seu filho Pedro já não estão mais conosco porem os ensinamentos tem passado de geração em geração pela Matriarca da Família Sra. Jandyra Mattioli.

Nesta foto da direita para a esquerda está Jandyra Mattioli e seu filho José, seu neto Daniel e seu bisneto Matheus, todos abrangidos pela Cidadania iuris sanguinis, pois “quem é filho de Italiano, Italiano é”.

Nos finais de semana a conversa com tom alto, bastantes risadas, comida farta demonstra a geração de Italianos que se formou.

Todos eles amam passar o final de semana em contato com a natureza, seja a trabalho ou a diversão.

Hoje com 82 anos de idade a matriarca da Família ama fazer um pão (fogazza) que sua mãe fazia e aos finais de semana reúne toda a família para uma rodada de conversa.

Outra peculiaridade é que a família de Eugênio Mattioli declarou no seu embarque no porto de Gênova que eram Católicos e até hoje a matriarca Jandyra passa este ensinamento de geração a geração.

Jandyra faz parte da Paroquia Nossa Senhora de Lourdes e é membro do Caminho neocatecumenal.

A geração de Eugênio Mattioli se perpetuou em seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos, todos eles descendentes de um casal corajoso que tentou uma vida melhor nesta terra para tentar uma nova oportunidade para sua próxima geração.

No próximo mês iremos falar sobre quem tem direito ao pedido de Cidadania Italiana e suas formas de solicitação. Se for descendente e quer contar a historia de sua família, tirar suas duvidas sobre como adquirir sua Cidadania, envie um e-mail para: danilobonalumicidadania@gmail.com Endereço para correspondência: Rua Américo Brasiliense 284, sala 111 - CEP 14015-900 – (16) 3632-8787 - Centro - Ribeirão Preto.