Agência Parceira: RGB Comunicação

Águas da infância, o que você lembra?

Olá Protagonista,

Tudo o que experimentamos em nosso passado, molda-nos um pouco hoje. Não quero dizer que somos apenas um reflexo do que passamos, mas sim parte do que experimentamos no passado em realizações e sofrimentos, mas também parte do que estamos construindo em nosso presente e também o que pretendemos ser no futuro.

O que você mais se lembra da sua infância? Quantos acontecimentos ficaram marcados na memória das águas da sua infância? Depois que tive meus dois filhos, minha curiosidade sobre minha infância despertou, meus pensamentos me levaram a lindas lembranças que hoje me trouxe muita felicidade, mas também me levou para águas profundas que, talvez, seja o caminho para uma transformação, desconstrução e reconstrução de alguns comportamentos e atitudes do presente.

Aos sete anos de idade participei de uma competição de natação na Cava do Bosque em Ribeirão Preto. Lembro-me como se fosse ontem aquela voz no auto falante: “preparar, apontar, já!” Minhas pernas tremiam tanto em cima daquele pódio que mal consegui pular. Olhei para meus pais na arquibancada e pulei. E, advinha? Não nadei, afundei e fui resgatada até a borda. Eu chorava tanto, não por vergonha ou por não ter conseguido nadar, mas por decepcionar meus pais. Me preparei tanto para aquele momento e, no momento de dar o meu melhor, eu fracassei. Mas o que será que aconteceu? Quais emoções me atrapalharam? E o que isso pode ter afetado na minha qualidade de vida?

As boas e más experiências infantis afetam sim nossa qualidade de vida quando adultos, não somente elas, mas também os momentos mais corriqueiros de nossa vida, como uma notícia que assistimos na televisão, por exemplo. São tantas notícias ruins que podem nos desmotivar em alguma área de nossa vida! Elas não somente nos influenciam em nosso comportamento, mas também em como tratamos nossos filhos, tanto do ponto de vista afetivo, quanto no enfrentamento dos desafios da vida. Agiremos reproduzindo os comportamentos que conhecemos ou seremos diferentes?

Mas calma, é possível nos livrarmos destas crenças sabotadoras que acontecem em nossa vida. Hoje em dia temos muitos recursos, ferramentas e informações na internet e no meio profissional que nos ajudam a equilibrar e direcionar o nosso cérebro.

O primeiro passo é entender que isso é apenas uma crença! Entendendo isso, podemos então realizar ações que antes não acreditávamos que éramos capazes. Neste processo, o autoconhecimento é indispensável!

Algumas dicas que tenho utilizado a eliminar esses agentes sabotadores da minha mente e que têm me ajudado muito: 1ª. comecei a dar atenção ao discurso por trás do que ouço e falo, as palavras têm um poder enorme que nós desconhecemos; 2ª. comecei a ver o mundo de uma forma mais positiva, sei que não é fácil, ainda mais neste país caótico que estamos vivendo; 3ª. tirei a palavra “tentar” da minha vida, ela me limitava progredir; 4ª. foquei nas minhas qualidades e possibilidades, sem me exigir tanto, mas sempre com o inconformismo na veia e com sede do melhor sempre e 5ª. comecei a praticar a meditação, acalmar a mente e sentir o momento presente, pelo menos 10 minutos por dia. Isso tem me ajudado a ter mais consciência e poder de decisão.

E você protagonista? O que se lembra da sua infância que talvez tenha afetado na sua qualidade de vida hoje? Agirá reproduzindo os comportamentos que conhece ou será diferente? Acredita em nosso poder de transformação e reconstrução? Lembre-se, o autoconhecimento é a solução para sua melhor qualidade de vida. Não há nada que tenha acontecido ou que alguém tenha falado a seu respeito que define quem você é. Basta aprender e entender como esse processo mental funciona.

Um #beijo e nos vemos no próximo salto.

PS. Adoro essa foto do meu filho Matheus pulando na piscina; que orgulho desta coragem e deste sorriso no rosto.

Gratidão a minha amiga revisora: @jaquelinestamato

Janaina Calor

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