Agência Parceira: RGB Comunicação

Facelift: Plástica de face

Estamos passando por uma transição no modo de pensar esta cirurgia. O ato cirúrgico, apesar dos avanços, continua e sempre será artesanal. O que mais mudou foi a percepção das pessoas acerca do resultado.

O facelift já foi símbolo de status no Brasil em décadas passadas. A possibilidade de rejuvenescimento era uma “novidade” altamente desejada. A imagem da face operada, com vários estigmas cirúrgicos (sinais de que houve cirurgia) tornou-se um arquétipo (primeiro modelo ou imagem de alguma coisa), por muitos anos no inconsciente coletivo das pessoas. A cirurgia amadureceu, os conceitos evoluíram, o acesso à plástica ampliou e não é mais novidade mostrar ou “ostentar” uma cirurgia. Entretanto o desejo de rejuvenescimento aumentou, acompanhando a crescente demanda por melhores resultados: naturais, porém eficazes...

O que você espera de uma cirurgia de face? Quando faço esse questionamento no consultório geralmente estas são as respostas... “Rejuvenescer pelo menos 5 anos...”, “rejuvenescer 10 anos”.., “quero ficar jovem e bela (o)”. “Porém natural..claro”.

É sem dúvida a mais rica cirurgia em táticas e detalhes no arsenal da especialidade. Hoje com o avanço da tecnologia a chance de riscos nessa cirurgia é quase nula. Delicada, considerada por muitos a “rainha” das cirurgias plásticas. Porém, não existem milagres. Se o cirurgião lhe prometer milagres, fuja! Toda cirurgia terá suas limitações e um grande diferencial é saber reconhece-las. Quanto mais versátil o cirurgião, mais técnicas ele dominar, maior será seu arsenal e assim sua capacidade de julgar: o quê e como poderá ser corrigido. O senso estético é outra premissa básica que deve estar presente no cirurgião de face.

Tipos de lifting / Indicações

Existem várias opções de planejamentos de facelift (face total, terço médio, minilif, necklift, “celebrity lift”, necklift, etc;) e cada uma delas terá seu “timing” ideal, de acordo com os sinais apresentados. A capacidade de observação/crítica também é outra premissa básica que entra em cena nesta fase do processo. O paradigma de se pensar que um procedimento menor trará resultado mais natural e efetivo nem sempre é verdadeiro. Por exemplo, a indicação de um procedimento menos invasivo como fios de lifting ou mesmo um mini-lift em paciente com indicação de face lift e necklift (pescoço) pode ter um resultado oposto ao natural. Ocorre uma compensação desequilibrada de tração e excesso de pele residual com resultados pouco duradouros e desastrosos por apegar-se demais à premissa em voga do “mínimo descolamento e cicatrizes reduzidas”. A cicatriz do facelift é a menor das preocupações, pois a incisão é realizada com o cuidado de seguir a dobra natural da orelha , ficando imperceptível. Se houver flacidez, a cirurgia que trará resultados naturais é o facelift total, se alterações de pescoço acentuadas, deve-se indicar o necklift. Outro exemplo, são preenchimentos e botox em excesso para retardar a cirurgia ou compensar um mini-lift mau indicado, isso pode se tornar nada natural.