Agência Parceira: RGB Comunicação

IMIGRAÇÃO ITALIANA

REVEJA A SAGA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL

Caros leitores, neste mês de Junho iniciaremos a “SAGA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL”, mensalmente na revista ACONTECE, demonstrando á sua chegada histórica, suas repercussões sociais, os descendentes que aqui permaneceram e também desmistificar a possibilidade da transmissão da cidadania Italiana por via Iuris Sanguinis (quem é filho de italiano, italiano é ).

Para iniciarmos, devemos voltar na época de independência a imigração estava no centro da pauta dos intelectuais e políticos do país. Isso ocorria devido, principalmente, a três fatores:

• Ocupação do território;

• Necessidade de soldados para garantir a posse do país;

• Estímulo ao trabalho livre (considerado superior ao escravo, conforme os princípios iluministas defendidos por parte da elite intelectual luso-brasileira, além das necessidades econômicas).

Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Brasil no ano de 1870, o governo do Brasil estava estimulando a imigração europeia, especialmente depois de 1850, época em que o tráfico de escravos foi abolido no Brasil e os europeus estavam tomando o lugar da mão-de-obra escrava.

Os braços livres escolhidos pelos políticos, intelectuais e produtores para levar adiante um projeto de civilização, era um projeto europeu. Havia iniciativas para trazer africanos livres e colonizar o território, mas o projeto vitorioso foi o de uma elite que considerava os imigrantes da Europa os únicos capazes de construir uma nação civilizada e moderna. Foi dentro deste contexto que ocorreu a imigração italiana para o Brasil, sendo eles 42% dos mais de 3 milhões de estrangeiros que entraram no Brasil.

Aproximadamente 62% dos imigrantes que entraram no Brasil na década de 1880 eram italianos, porém a etapa mais importante da imigração italiana foi no início do período republicano, em liga- ção direta com a expansão cafeeira e a política de imigração subvencionada em um momento que se dava preferência a entrada de famílias ao invés de indivíduos isolados.

Embora se faça referência a esse grupo como italianos, a Itália até sua unificação (1861-1870) era constituída por Estados independentes com culturas, climas, economias e até línguas diferentes, conforme demonstra a tabela abaixo:

Há de se destacar, por fim, a grande quantidade chegaram as grandes cidades. Eles tiveram ativa participação no processo de industrialização brasileira, representando no ano de 1901, 90% dos trabalhadores empregados nas industrias paulistas. Devido a esse grande número de trabalhadores que eram imigrantes italianos, esse grupo participou da formação do movimento operário brasileiro e da divulgação do movimento anarquista no Brasil.

Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875).

Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná

Mesmo tendo sido a região sul que primeiro recebeu os imigrantes italianos, foi a região sudeste que recebeu o maior número de imigrantes oriundos da Itália. Isto se deve ao processo de expansão das fazendas de café, no Estado de São Paulo.

Depois de 1888, quando a escravidão foi abolida, a imigração italiana se converteu em uma grande fonte de mão-de-obra no Brasil. Os italianos começaram a expandir-se por Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A maioria absoluta teve como destino inicial o campo e o trabalho agrícola. Muitos imigrantes italianos, após trabalhar anos colhendo café, conseguiram juntar dinheiro suficiente para comprar suas próprias terras e tornaram-se fazendeiros, outros partiram para os grandes centros urbanos (como São Paulo), pois as condições de trabalho no campo eram péssimas.

As contínuas notícias de trabalho semi-escravo e condições indignas nas fazendas de café no Brasil fizeram com que os italianos preferissem destinos como a Argentina e os Estados Unidos. A imigra- ção italiana no Brasil continuou até a década de 20, quando o ditador Bento Mussolini, com seu governo nacionalista, começou a controlar a imigração italiana. Com a Segunda Guerra Mundial, a declaração de guerra do Brasil a Itália e a contínua recuperação da economia italiana, a chegada de italianos ao Brasil entrou em decadência.

No próximo mês iremos ver as repercussões da IMIGRAÇÃO ITALIANA no Estado de São Paulo.

Se for descendente e quer contar a historia de sua família, tirar duvidas sobre como adquirir sua Cidadania, envie um e-mail para:

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Danilo Bonalumi Ítalobrasileiro, nascido em Ribeirão Preto e consultor em Cidadania Italiana.