Agência Parceira: RGB Comunicação

MUSICISTA NA CONTEMPORANEIDADE: POR ONDE ANDAM AS MULHERES?

Gostaria de dedicar essa matéria a todos os professores, instrutores,familiares e amigos que me apoiaram e continuam incentivando a minha caminhada.

Em especial, por se tratar de uma matéria sobre o reconhecimento das mulheres, declaro minha admiração a todas que estiveram comigo até o momento: Divanete e Marinete (in memorian); Itamara; Mayara; Soraya; Irmã Zilda; Maria Luiza Oliveira; Eliana Lúcia Girotto Aquino;Maria Luiza Favaretto Strini; Shirley Savegnago; funcionárias da Instituição Aparecido Savegnago; Sara Cecília Cesca; Snijana Dragan; Angela Volpe; Silvia Berg; Simone Machado; Fátima Corvisier; Eliana Sulpício; Yuka Almeida Prado; às professora da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto; às amigas discentes; colegas de trabalho e a todas que puderam compartilhar momentos durante a minha trajetória.

Falar de música clássica em um país como o Brasil sempre foi considerado um tabu, mas, dentre todas as “censuras”, falar sobre representatividade feminina no mundo musical é um tema que deve ser colocado em pauta.

Embora a música clássica tenha surgido no início do século XIX, somente na metade do século XX mulheres passaram a ocupar espaços oficiais nesse meio musical. Orquestras grandes como a Filarmônica de Berlim e a Filarmônica de Viena foram resistentes durante muito tempo quando o assunto era a inclusão feminina para integrar as formações de naipes, estruturas e grupos.

A resistência durou muito tempo e, apesar dos longos anos que passaram, falar de mulheres na música ainda soa um tanto desprezível. Além do cenário da música clássica, várias outras perspectivas no mundo musical praticavam [e ainda praticam]o preconceito inclusivo da arte feminina. De instrumentistas à maestrinas, de europeias à latinas, a luta é constante e a cada dia há uma nova tentativa de desconstrução.

Quando levamos em consideração mulheres compositoras, não podemos nos esquecer da insistência de Fanny Mendelssohn (1805-1847), judia alemã obrigada a abandonar a sua carreira para seguir com o matrimônio. Na regência, precisamos enaltecer Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Brasileira e pioneira nas regências de orquestras. Mulher que lutou por direitos autorais e pelo fim da escravidão.

Por isso dedico o meu sucesso profissional em construção a todas as mulheres que tornaram essa caminhada possível. Afirmo que a nós cabe uma eterna desconstrução de tabus e a elas toda dignificação pela história arquitetada. Para as que já estiveram aqui, gratidão. Para as que estão, resistência. Seguimos juntas em luta por representatividade. Às que vêm, pretendo deixar a vocês um mundo melhor, mais justo e com mais equidade. Apoiem a grandeza da arte feminina, sobretudo, a grandeza da pessoa que você é.

Com admiração, carinho e felicitações, resistimos. Amanda Miyuki Tonaki Chagas Violinista Discente em Licenciatura e Bacharelado em Música pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto / USP.

por Amanda Miyuki Tonaki Chagas | 16 35242473 - 16 993837527
Estudante de Licenciatura e Bacharelado em Música pela Universidade
de São Paulo (USP). Professora, violinista e maestrina auxiliar.
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