Agência Parceira: RGB Comunicação

O LÍDER DO FUTURO NAS EMPRESAS

Vejo hoje uma grande dificuldade no mercado de uma forma geral, mas em especial no mercado de serviços, quando o assunto é “pessoas”. As pessoas com certeza são a base de qualquer empresa, e liderá-las é sem dúvida a grande dificuldade. Porém, não existem líderes sem pessoas e pela minha experiência atual garanto que muito bom senso, decisão, organização, projeção e trabalho podem ser o alicerce para o sucesso das empresas.

Além disso, é preciso conduzir a questão humana com “valorização” das pessoas. Em entrevistas com funcionários ouço o tempo todo sobre “a falta de valorização”, “a falta de reconhecimento”, ou seja, as queixas nada têm a ver com dinheiro, com salário. Os líderes tendem a ver os erros, as dificuldades, as limitações, mas poucas vezes pontuam os acertos, o que foi feito “a mais”, a pró-atividade, o esforço e a dedicação nas pequenas coisas desses colaboradores.

Ouvir esses pontos tem me colocado a refletir sobre essa questão. Valor! Estamos cada vez mais distantes de nós mesmos e isso não nos permite enxergar o outro. Mas queremos que o outro nos faça líderes. Incoerência! Entra aqui a reflexão: temos nos preparado para ouvir críticas e mudar? Ou queremos que as pessoas mudem, mas não damos o primeiro passo, que é reconhecer nossa participação nesse processo?

Sérgio Chaia, hoje presidente da Nextel, tem uma filosofia de valorização e consegue assim transformar essa questão em grandes números. A empresa tem crescido 40% ao ano o seu faturamento. “Essa construção de relacionamento só é boa se é um relacionamento genuíno. Se não for, você ganha hoje e perde amanhã. O que a gente acredita como empresa, a gente acredita para vida. Estamos preocupados em construir uma base de relacionamento” diz Chaia.

E nós no nosso dia-a-dia temos construído relacionamentos?

O líder precisa ouvir seus liderados, valorizá-los como seres que erram na tentativa de acertar e incentivar a criatividade. É a iniciativa que resolve os desafios e faz crescer uma empresa. Ser firme não quer dizer desvalorizar, ser firme é colocar a situação de forma assertiva sem agressividade ou passividade, e isso requer reeducação e treino.

Ao direcionarmos o foco para esse contexto, perceberemos que tudo é resultado, vejo que colher resultados através do capital humano é o melhor caminho, possibilitando que as pessoas também gostem desse processo, cresçam e nos façam crescer.

A visão do futuro está na idéia de que independente de trabalharmos duro, podemos trabalhar felizes, nos divertir e aprender neste momento. É assim que vamos fazendo de cada dia um dia de aprendizado. Construir é, como diria o autor de o “Pequeno Príncipe” (um clássico da literatura), “cativar”. E isso faz parte dessa construção, da nossa construção de vida que inclui a participação do outro. É ao unir forças que construímos solidez, durabilidade e fortaleza.

Enfim, a capacidade de influenciar, apoiar, ouvir, cativar vai refletir nos atendimentos e nos resultados financeiros dentro das empresas. É importante provocar a necessidade de fazer a mais porque você receberá reconhecimento, sendo o que todo ser humano busca. Essa é a nossa oportunidade diante do grande desafio. Fortaleceremos nossas empresas e a nós mesmos valorizando realmente as pessoas, que poderão nos ajudar com nossas metas e objetivos de forma genuína.